Sabemos, apenas, quando algo chega invadindo nosso corpo sem pedir licença,
e não completamente contente, como um parasita, toma a alma também.
Sentimento inexplicável, de nascente desconhecida...
E com ele vem o medo - ainda mais inexplicável.
Quanta insegurança!
Transportamo-nos para o futuro, sem antes mesmo, vivermos o presente,
chegando ao final, sem ao menos termos começado.
Será tão difícil deixar-se dominar?
Pobres daqueles, apaixonados, que não se permitem viver uma história de amor.
Encontramo-nos sempre na retaguarda.
Que medo da rejeição!
Um paralelo entre o ganhar e o perder.
Tanta oposição, percorrendo, na verdade, o mesmo caminho.
Pólos deixando suas extremidades para enfim se amarem.
Falava sobre o quê, mesmo?!
Ah, apaixonar-se...
Quando não o calor, mas sim a distância parece sufocar.
Quando pensamos em alguém no primeiro minuto do despertar,
sem contar com o último antes do adormecer.
sem contar com o último antes do adormecer.
Quando a vida ganha trilha sonora,
e tudo aquilo que é complexo, se torna simples (e vice-versa).
#fundo.do.baú_2004#
#fundo.do.baú_2004#
2 comentários:
Belas palavras Nega!
sempre lembro daquele trecho do Drummond sobre ter medo de arriscar.. pra mim define tudo!
"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade." (Carlos Drummond de Andrade)
Besossss
Ahhh..caro Drummond! =)
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