sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Mundo Real

Em nossas novelas diárias
Não faltam mocinhos e vilões
Bruxas e anões.

Criamos um Universo Paralelo
Para suportar o peso do Mundo nas costas
Como se nosso próprio corpo não fosse o bastasse para sustentar.

Quisera eu ser todas que sou
Ter mãos de fada, olhos de águia, olfato de loba, asas de mariposa...

Dançar ao luar o batuque da Terra
Esquecendo que nela
É Gente quem se disfarça em pele de cordeiro
E, não raras vezes, compramos gato por lebre de bobeira.

#nosso mundo real#

terça-feira, 27 de agosto de 2013

VITIMA-da

Cansei de me tornar vítima
E preocupar-me se meus pensamentos correspondem a concordância do português.
Cansei de pensar e, protagonizando esse papel, não exercer o que sinto.
Em meio ao pavor de minha fragilidade humana, existe uma alma livre.
Ela sabe de todas as soluções mas minha mente, mente.
E mentir para si mesmo, todos sabemos (...) é sempre a pior mentira.
Livrai-me da inércia daquele que muito pensa e pouco faz.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Deixa Assim

Deixa assim
Saudade que chega do nada
Arrebata, não nega, me deda.

É caso antigo.
Sossega, me pega, me mata de rir
Não me deixa cair.

Deixa assim.
Saudade que fala, relembra, aperta
Desperta.

É caso antigo, amor.
Que treme, disfarça, provoca
Ignora.

Saudade que leva a saudade
Dos tempos aqueles.
Deixa assim...

Loucura rimada
Sem ordem nem preocupação.
Porque desse caso antigo, paixão
O que resta é uma trova, um verso e alguma ficção.


[readaptação de um texto encontrado, sem data nem nada]


terça-feira, 5 de março de 2013

The Magic Of...



É engraçado como essa geralmente é a primeira coisa que me vem à cabeça quando abro uma página em branco. Poderia ser diferente se a minha frente tivesse uma velha máquina de escrever. Ou não.

Mas a verdade é que o conteúdo a ser escrito geralmente me inspira esse princípio. Não porque tenho algo engraçado a dizer, nem tão pouco triste, mas pelo sentimento que conversa com minha consciência ao ser surpreendida por algo e, então, surge a narrativa.

Com isso novamente constato que quem se permite surpreender é automaticamente mais feliz, mesmo que momentaneamente. Digo isso pelas vezes que me privei dessa magia seguindo uma mente inconsciente (não-consciente) que me encaminhou para salas de espera em lugares bem distantes do meu real desejo.

Papo de louco? Não.

Após assistir ao filme The Magic Of Belle Isle (O Reencontro), puramente concluo que a imaginação é um dom que nos foi capacitado, mas que deve ser utilizado de maneira cuidadosa – sem nos distanciar da realidade e, principalmente, sem fomentar expectativa. 
"A vida real não está a altura do que está em nossas cabeças... mas de vez em quando, chega muito perto". 

Vislumbremos o melhor, não o esperemos!

"The mind is its own place".