quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Entre RAIOS & raios


Ó, calor da fogueira que hoje circundei
Comemorando com todo amor
A chegada de outra estação.

Febre do sol que tomei
E que em minha face aparece
Vibrante sensação.

Fogo!
A energia circula, transborda, aquece, inquieta, ...
Re-conhece.

#Entre raios e raios, a primavera chegou!


sábado, 15 de setembro de 2012

Me Desfaço



Me desfaço dos colares de carnaval,
mas não do principal.

Me desfaço do jogo de vareta que um dia comprei
mas nunca brinquei.

Me desfaço de mim
e da energia ruim.

Me desfaço e refaço todos os dias.

Mas tem certas coisa difíceis de se desfazer.
Pessoas, lembranças... e o quanto elas nos desfazem!


(re-faça)

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

DeCimaABaixo


Foto: Cristina Gomes



Lindo som vindo dos céus.
 
Os anjos tocam percussão.
 
E o Deus da terra a presenteia.
 
Com água que lava, irriga e faz crescer.

Morro e Não Vejo de Tudo


A expressão “eu morro eu não vejo de tudo” é incrível. Existe verdade maior do que essa (literalmente)? Quanto mais vivemos, mais vemos e nos surpreendemos. 

Assistimos diariamente barbaridades psicopatas na TV, lemos sobre aumentos de salário de gente que nem mesmo entende o cargo político que ocupa, convivemos com discriminação, hipocrisia, injustiça. Mas a distância dos fatos gerais da sociedade com a primeira pessoa faz a diferença.

Ao analisarmos nossa própria vida e o que nela está inserida, o “eu morro e não vejo de tudo” cresce no vocabulário – mesmo que mental. Quando aprendemos a responsabilizarmo-nos por nossos atos, analisar o que nos cerca fica mais fácil e saudável. Aproximamos de nós o que desejamos, assim como distanciamos.

Vejo amigos reclamando de antemão que o outro vai sumir porque começou a namorar, mesmo sem isso realmente acontecer, e fico pensando: será que o “reclamão” da história se defende de um distanciamento imaginado/criado porque na verdade quem irá se retirar será ele,  ou realmente não consegue enxergar que apesar da amizade, sua companhia pode ser desgastante por “n” motivos e ninguém é obrigado a estar sempre junto?

Olhemos para dentro antes de qualquer coisa e as respostas vêm naturalmente. No menor descuido, encontramo-nos envolvidos com pessoas que criamos e acabamos apavorados com a canalhice, falta de vergonha na cara e egocentrismo alheio. Morremos e não vemos de tudo. E o cara de pau, finge que não vê em vida.